quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Defensoria impetra ação civil pública para que USP realize bancas presenciais para cotistas

A Defensoria Pública de São Paulo entrou com uma ação civil pública para que a USP realize as bancas de heteroidentificação de forma presencial, e não online, como anunciado pela universidade para o vestibular deste ano. As bancas de heteroidentificação verificam se candidatos autodeclarados pretos ou pardos atendem aos critérios de cotas raciais. Até o vestibular anterior, a USP adotava modelos presencial e online, dependendo do processo seletivo. A Defensoria argumenta que a avaliação online compromete a precisão, podendo resultar em erros de inclusão ou exclusão de candidatos. Casos ocorridos neste ano, em que candidatos perderam vagas por não serem reconhecidos como pardos nas avaliações virtuais, foram citados na ação. A Defensoria também alega que a avaliação presencial permite uma análise mais humanizada e completa da identidade racial, considerando a complexidade das características raciais no Brasil. A USP defendeu seu modelo, alegando que a aprovação nas bancas online e presenciais foi similar e que a comissão deve verificar se a autodeclaração do candidato condiz com a forma como ele é visto na sociedade, sem atuar como uma instância investigativa. A Defensoria pediu uma liminar para garantir a realização das bancas presenciais, dado o andamento dos vestibulares.

Nenhum comentário:

Postar um comentário