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quarta-feira, 26 de julho de 2023
MPRJ recorre de decisão que inocentou Bruno Krupp em processo de estelionato
O Ministério Público do Rio (MPRJ) apresentou, nesta terça-feira (25), um recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJRJ) que inocentou o modelo Bruno Krupp em relação a três crimes de estelionato. Os delitos teriam sido praticados contra Paulo Sabba, Bernardo Sued e Pedro Tinoco. De acordo com a denúncia do MPRJ, Krupp e seu sócio se passaram por agentes de viagem e venderam às vítimas hospedagens no Hotel Nacional, em São Conrado, por preços mais baratos do que os praticados pelo estabelecimento. No momento de pagar, ele utilizou cartões de crédito clonados ou roubados.
Na decisão inicial, a 5ª Câmara Criminal entendeu que o comparecimento dos lesados à delegacia de polícia, quando reportaram os crimes, não seria medida suficiente para a continuidade da ação penal. O juízo sustentou que esse fato não demonstra as nítidas intenções das vítimas em autorizarem a continuidade do processo criminal.
No recurso, a assessoria de Recursos Constitucionais Criminais do MPRJ afirmou que em casos de crimes de ação penal pública condicionada não são exigidas maiores formalidades, sendo suficiente a demonstração inequívoca, por parte da vítima, para levar o caso adiante. O órgão entende que isso teria acontecido com relação aos crimes de estelionato que teriam sido praticados pelo modelo.
Procurada, a defesa de Bruno Krupp criticou a atuação do MPRJ. "O MP permanece numa saga inquisitória, cruel e desumana. A Defesa confia na Justiça", disse o advogado Ary Bergher.
Bruno Krupp responde pela morte do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, atropelado por uma moto conduzida pelo modelo na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. O réu não possuía habilitação e estava em alta velocidade. Krupp ficou oito meses preso na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, mas foi solto, em março deste ano, após ter a liberdade concedida por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com isso, o modelo responde ao processo em liberdade.
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