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quinta-feira, 27 de julho de 2023
TJ-SP julgará recurso de Shantal Verdelho contra médico Renato Kalil
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) irá decidir, em audiência nesta quinta (27), se aceita o recurso apresentado pela defesa da influenciadora Shantal Verdelho e pelo Ministério Público de São Paulo contra o médico Renato Kalil.
Em outubro do ano passado, o órgão público apresentou denúncia contra o obstetra por crime de lesão leve e violência psicológica durante o parto da filha de Shantal, em setembro de 2021. Dias depois, o juiz Carlos Alberto Corrêa de Almeida, da 25ª Vara Criminal de São Paulo, rejeitou e solicitou o arquivamento da denúncia.
O Ministério Público e o advogado da influenciadora, Sergei Cobra, entraram com recurso da decisão no TJ-SP.
Nesta quinta (27), os desembargadores Mauricio Valala, Luiz Arruda e Sérgio Ribas não vão julgar o mérito, mas decidir se aceitam o recurso para que haja um novo julgamento do caso ou se seu arquivamento será mantido, conforme definido em primeira instância.
Shantal Verdelho afirmou ter sofrido agressões físicas e verbais cometidas por Kalil no nascimento de sua segunda filha. Em áudio vazado nas redes sociais, ela afirma que imagens gravadas na hora do parto pelo marido, o modelo Mateus Verdelho, mostram o médico proferindo uma série de xingamentos, como "viadinha", "mimada" e "faz força, porra".
Ela diz também que o médico praticou em seu parto a chamada manobra de Kristeller, prática que consiste em pressionar a barriga da gestante para empurrar o bebê. O mecanismo, contraindicado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e pelo Ministério da Saúde, pode comprometer a saúde da mãe e do bebê.
Além do processo judicial, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriu um processo ético-profissional para apurar infrações que teriam sido cometidas por Kalil.
O procedimento, que pode resultar na cassação do registro profissional do médico ou inocentá-lo, foi iniciado em dezembro passado, um ano após o conselho começar a investigar o caso por meio de uma sindicância.
Kalil já negou anteriormente que tenha acontecido qualquer intercorrência durante o parto de Shantal, e afirmou que o vídeo revelado por ela mostrando as supostas violências sofridas foi editado e está fora de contexto.
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